quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Ser vil ilação



Beija-me nojenta mente
Que banhado em chorume
Sou socializado,
Planteando sórdidas ideias
Cavalgo o lombo da ilusão.

Sou falso, nojenta mente,
Minta-me com pureza,
Que a hipocrisia purulenta
Roeu-me o metatextículo
E doeu-me o ideal.

Nojentamente idealizei-me
Ao arrigado linho da bandeira
Mostrei-me entrementes
A donzela a prostituta a mulher...
Se vil, vai à vilã, a vida vai,
Se não viu, vem a verme.

A civil ação dissidiada
Da chorumoza civilização
Em lúdico demonárquico governada
Trazendo à luz rebento da corrupção.

Nessa turba, sou civil desmilitante
Que na umbrosa câmara disputado
O olor d’esterco inalante
Revolve o vômito sociável
D’agora, d’outrora, doravante...


Maggour Missabbib

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