In memoriam
Maria Lúcia Teixeira Vital
1938-2015
1938-2015
O verão passou e
toda calmaria que trouxe
As nuvens tímidas despontaram num céu matinal.
Subiram as orações
banhadas de luz do arrebol.
O pomar florido
Recomeça a vicejar e
Na madrugada sonora,
O pranto do meu amor
dissonante com o perfume de seu carinho.
As mãozinhas frágeis e pálidas
Um sorriso apagado e um olhar tristonho
enunciavam o desvelar de outro dia.
Desabrocha a manhã
de reluzente frugalidade,
O respiro tênue do meu amor
Prenunciou a abertura do infinito nela,
as torrentes cálidas lavaram sua fragilidade
e, sem tempo, o vento outonal bramiu...
A mais bela flor do meu pomar
foi levada pelo vento de outono
e deixou mui umbroso
o brilho do meu alvorecer...
Melk Vital
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