segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Talvez a vida



Talvez seja a tristeza, 
Fêmea cuja negra derme impeça o brilho da alma,
Cujos olhos claros transmitam raios
Penetrantes como espadas
Trazendo a dor.

Talvez seja a dor, 
O prazer que em si abriga o candido macho,
Nos olhos negros como abismo,
Absorve o mundo
Revela o medo.

Talvez seja o medo,
A resistência negra à candura,
A intolerância dos olhos aos raios penetrantes
Qual opacidade cobre o tudo
E espanta o amor.

Talvez seja o amor 
Orquídea formosa que alumbra o ser,
Que estreita os laços, ampiando espaços,
Sublimando o medo, dor, tristeza e lida,
Encurtando o tempo
Dilapidando a vida.

É a vida,
Uma nau de amor,
Vagueando num mar de tristezas,
Sob tormenta de medos
E, cujo piloto é a dor...




Aqui, Jan2001
Maggour Missabbib,
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