quarta-feira, 22 de outubro de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
D'aromas d'amores
Aqui neste campo florido
Minha ninfa passeando esparge olores,
Acima no elevado da colina,
Namora o sol, a relva orvalhada.
Doce festim da noite vultosa
À sombra da lira aluada.
Favónios espraiados peles nuas
Lívio néctar a derramar-se do rochedo;
Aroma de romãs e de venenos;
Vidrinos olhares penetrantes
D’Ilusões d’afagos ofegantes
D’Amante d’amores e de prazeres.
Amei dormi Amei
Floridos olores
Da colina orvalhada
Em noite umbrosa
De Viola nua e
Pele enluarada
Do rochedo o veneno
Penetrante
D’ilusão afagos
E de prazeres
Recostei-me
Amei,
Dormi...
No colo perfumado da flor
Aromas e romãs
Gotículas e folhas
Acorda, amor!
Carme e carma - Poetar e fofar
O
carme(sim) é carma, não?
O
fogo é carmesim
A
rosa rósea, carma não.
A
lua sem luz, seu brilho,
No
outono do vigor, é carme(sim)
O
dia ensolarado jovial
Reluz
na turbulenta tentação.
O
carma de quem ama o carpo sazonado
É o
cimo dos anseios mais secretos...
A
vontade é cardo é fado é estopim
Donde
cármicos desejos se afloram,
O
vermelho sangue ferve apaixonado
O flácido
corpo, tornando em carmin.
Das
façanhas e bafordos carmeados,
Os
vulcões da carne em erupção,
Cantam
o carme prazeroso
De
sabores sem saberes nem sossegos...
A
Carmen rubra se entrega à lascívia
Com
lábios carmins de eflúvios abrasados
E a
cor da vida insta ao amor
Que
a Eros enrubesce a face pálida,
Transtorna
a rudeza em dulcidão
Tão
logo o rijo coiso varonil
E a
calicroma bagem feminal
A
fofar falo e fosso em frenesi
Do
amar a palilálica canção
Por
isso, do poetar é carma sim
Porém,
do foder é carme não.
Malkah,
5774
Dor (e)terna e plácida
Ah! Sentido
lancinante
Que furtou a
Lancelot a lealdade
Dos movimentos da alma plácida
De turbações e
de procura
Calma sobre o
deserto da esperança
Próximo ao cume
do desespero.
Nem Cervantes
em sua loucura poética
Traduzira as aflições
desse tormento
Quando a Dulce
prostituta encanta
No leito da
ternura a ilusão
E concorre ao
belo feudo o lascivo.
A volúpia
inconstante do prazer
Que na orla da
aurora entenebrece
Traz consigo o
desprezo o gozo o medo em flor
No instante que
supera o tempo inteiro.
Eis lânguida a
pele passeada de carícias
O fragor da
emoção inebriante
No afã de
encontrar-se satisfeito
Toda força todo
bem toda razão
Que acalentam e
apropriam um guerreiro
Esvaem-se com o
clímax da paixão...
Esquece-se a
dor que maltrata a carne
Desfalece o
sopro vívido do sentir
Entrega-se o
desejo ao mais ardente
No ímpeto do
querer exacerbado
E confunde o
conciso e incoerente
Da longura do
prazer a amplidão
Mas, a morte
dessa dor, de dor e pena,
Faz sofre o
sofredor do (e)terno amor.
Maggour
Missabbib, 5774
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