Esse corpo m-eu diplástico,
Resiliente como o célebre cérebro,
De por dentro, mas
Por de fora, cascudo inmaleável;
Nega-se de morrer, fortúito.
Há deveras custo, e não gratuito.
De quão custosa é a vida, e pura,
A cultivar-se tanto essa verdura,
A cultuar-se tanto esse vigor,
Pois, lamenta-se tanto o seus declínios,
Profana-se tanto o própio amor...
Ignore a elasticidade desta dureza,
E como a porosa pedra que flutua,
Recobre do etéreo, a carne crua,
A plasticidade de tua ríspida natureza.
Duplamente, o corpo,
Dessa rigidez é flexível,
A mente mente,
Quando tudo inelástico quer saber.
Algo, o fólego sente,
Tu, carne, o ente,
Eu, mentira crente,
Que, senão, és tu,
Sou eu, não-ser...
Malkah,
5777
Nenhum comentário:
Postar um comentário