Um é o tempo,
Que temo, e tenho-me,
Porque, onde, senão aqui,
Deve ter-lhes, o passar,
As folhas amareladas?
Pensa-me então:
Se, no alto das cabeças, pisares,
Vagante entre as brumas escuras,
Da consciência velada,
E, aos passos lentos, o relógio
Levar-me além,
Seguem-se, os olhos fitos
Vêem o nada, parede pétrea
E, temente vagas sob o ceu...
De ninguém tens a culpa,
Nula é tua prentensão;
Se uno, ora me tens,
Tenha-me, nessa hora,
Por tua causa,
Minha absolvição, e
Roga pois, distante é o amor,
Volta das alturas,
Pois, vago é o amar.
Não sejas tu, mesma
Desilusão do meu atraso,
Esperança do meu temor!
O tempo, abraça-me;
Deixo-me ao momento,
Sem que haja isso em mim.
O que temo é-me caro,
Sem saber ser,
Era, passatempo, eu
Aquem, no tabuleiro jogavas.
Fez-me da verdade, senti,
És mentira, que inventei,
Nulo, o espaço de nós dois,
Encontros desmarcados,
Contrapontos e nós
Eu te encontrei...
Nos contrapomos
Nu' contra o tempo
Malkah,
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