Um mundo sem
ti
Devorado por
Chronos;
Límpido céu
sem nuvens, sem chuva, sem sol.
Um dia sem ti
O tempo
inerte e a luz fosca;
Cristalino
ribeiro sem peixes, sem leito, sem margens.
Um ser sem
ser
Dissolvido no
tempo;
Fluída alma
sem impulso, sem paixão, sem razão.
Um encontro
fortuito
Determinado
momentâneo;
Dura lei
muda, ágrafa, surda, injusta.
Chronos, de
tempos em tempos,
Tu, todos os
momentos,
No mundo, no
céu, no ribeiro, na alma.
Um ser
nuvens, luz, impulso
Razão na voz
inscrita
Às margens do
leito comunal
Descerra teu
desencanto
Num mundo sem
mim.
Malkah, 5776
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