segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Vívido vazio

No tempo, pela roda viva marcada,
segue a vida o curso fluido e indelével.
O campo vazio e a fonte seca
a mesma escuridão apaga,
duplamente, o alvorecer e o arrebol,
e, nada preenche o vazo da ingratidão.

O sumo cáustico da floresta envenenada
flui atravessando as veias da realidade...

Correm, uivando, ventos entre rochedos,
que areias cortantes sopram para o mar,
lavrando pedregais, varrendo desertos...

Segue a vida, inóspita e cintilante.
Vazio o vazo sorve o rarefeito sopro,
levando o suspiro e a vívida canção!

Malkah,
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