segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Poemas de morte

Meus poemas de morte
trazem os pulsos latejantes
daquilo que viceja e brota
de amor, criando versos lancinantes.

Ou trazem de si mesmas essas latências,
a vida que explode em glacial vulcão?
Ou deixam estes lábios infamados,
a prosa desta dúbia criação?

Os meus anversos tracejam,
e as matinais mônadas a recrear
chafurdam a larva gosmenta a poetar
e, fazem surgir versos que encantam.

Assim, lampejam céus enfurecidos
sobre meditabundos arvoredos de humanos
que floreiam serpentários de razão...

Há quem cante o poema mais latente,
deixando vagas as lembranças de aquém.
Há quem negue a verdade mais instante,
trazendo à tona reminiscências de além.

Mas, à poética falsa, falta-lhe a fortuna
o fado de cada dia, a cada um.
E, alguém transcende esse ribeiro fumegante
Sem honra, sem medo, sem sabor...


Maggour Missabbib
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