Quando toda formosura fenecer,
E, destas formas, a forma
deformar
Em ossos fissurados cobertos de
pele desidratada,
Quando as cinzas, o vento quente
assoprar,
Então só, o deserto, desfigurado,
A beleza for o asco da razão,
Findo será o destino aguardado
E sem sentido, os tormentos da
emoção.
Nem todo lúgubre é o pensamento,
O assentir ao apetite sem saber,
Lascivo, o tempo desgostou o
sentimento,
Na dor cruenta lacerou-se o
prazer.
Ó, quão indigna é a toada desta
sorte,
Que leva ao leito terminal a
gratidão,
Sem contraponto indicando para
norte
Lava, à vez, sentido, senso,
formosura e prazer.
Contudo, com todos sucede o mesmo
Há sobejada esperança indo a esmo
De que depois d’agora, ainda há
depois,
Chegar ao fim é o findar desde o
começo,
Num lapso de distância entre os
dois,
Velando corpos viçosos, num
abraço,
Que crepitaram pelo fogo da
paixão.
Nesta
poética, a finitude do pensamento se revela na infinitude do tempo
Malkah,
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