O turvo manto ao entardecer
Cai suave como orvalho.
Sobre a verdura,
A saudade, o véu da noite,
Cobre a face
Fulgurante da candura.
Fenece a luz,
Floresce desesperanças!
E, logo, a coberta sem brancura,
Com o doce lume do luar,
De pontilhados e de lembranças,
No firmamento, pele escura
Vêm, do poeta, a embalar,
A tristezura...
No efêmero e solitário,
Silêncio e canção sem agrura,
Vão-se dissipando temores,
Em lindos sonhos,
Todos prazeres,
No coração
Da ternura,
No leito puro,
Outros amores,
Sob o véu
Da formosura...
Melk Vital,
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