Quero
A escuridão do
anoitecer
A melodia da
canção
A verdade da
palavra
O desfecho da
ilusão.
Quero
A luz do
amanhecer
A carícia do
proibido
A realidade do
tato
O saber do percebido.
Quero
O mal não-ser
O vulto da
sensação
O sulco da
idade
A falta sem a
saudade.
Quero
O tempo solto
O rio corrente
e certo
O vento levando
a vela
A mentira num
deserto.
Quero
Das sutis a
percepção
Das brutas o
desalento
Das novas a
lascívia
Dos mundos este
momento.
Quero
Do ser o
essencial
Do modo a
discrepância
Do ermo o abismal
Da vida a
relevância.
Quero
No entrementes dos
meus respiros
Perfumes,
olores e prazeres.
No entrementes de
minhas dores
Sentido, gozo e
suspiros.
Desquero
Descontentamentos
do não-querido...
Malkha, 5776
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