Ah! Sentido
lancinante
Que furtou a
Lancelot a lealdade
Dos movimentos da alma plácida
De turbações e
de procura
Calma sobre o
deserto da esperança
Próximo ao cume
do desespero.
Nem Cervantes
em sua loucura poética
Traduzira as aflições
desse tormento
Quando a Dulce
prostituta encanta
No leito da
ternura a ilusão
E concorre ao
belo feudo o lascivo.
A volúpia
inconstante do prazer
Que na orla da
aurora entenebrece
Traz consigo o
desprezo o gozo o medo em flor
No instante que
supera o tempo inteiro.
Eis lânguida a
pele passeada de carícias
O fragor da
emoção inebriante
No afã de
encontrar-se satisfeito
Toda força todo
bem toda razão
Que acalentam e
apropriam um guerreiro
Esvaem-se com o
clímax da paixão...
Esquece-se a
dor que maltrata a carne
Desfalece o
sopro vívido do sentir
Entrega-se o
desejo ao mais ardente
No ímpeto do
querer exacerbado
E confunde o
conciso e incoerente
Da longura do
prazer a amplidão
Mas, a morte
dessa dor, de dor e pena,
Faz sofre o
sofredor do (e)terno amor.
Maggour
Missabbib, 5774
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