quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Carme e carma - Poetar e fofar


O carme(sim) é carma, não?
O fogo é carmesim
A rosa rósea, carma não.
A lua sem luz, seu brilho,
No outono do vigor, é carme(sim)
O dia ensolarado jovial
Reluz na turbulenta tentação.
O carma de quem ama o carpo sazonado
É o cimo dos anseios mais secretos...

A vontade é cardo é fado é estopim
Donde cármicos desejos se afloram,
O vermelho sangue ferve apaixonado
O flácido corpo, tornando em carmin.
Das façanhas e bafordos carmeados,
Os vulcões da carne em erupção,
Cantam o carme prazeroso
De sabores sem saberes nem sossegos...

A Carmen rubra se entrega à lascívia
Com lábios carmins de eflúvios abrasados
E a cor da vida insta ao amor
Que a Eros enrubesce a face pálida,
Transtorna a rudeza em dulcidão
Tão logo o rijo coiso varonil
E a calicroma bagem feminal
A fofar falo e fosso em frenesi
Do amar a palilálica canção
Por isso, do poetar é carma sim
Porém, do foder é carme não.

Malkah, 5774


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