segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Encantação da valentia


Ando, anda! Cavaleiro sem cavalo
Trovador sem palavra
Mudo cantador,
Que a solidão comigo acompanhada
Numa jornada árida
Em plena luz
Quando a Dulce encantada
Na ilusão desfaz
Minha bravura
Receio o temor e a madrugada
A força da verdade
E sua gravura.
Na oceana areia destas plagas
O ermo é meu norte
Sigo sem prumo
Na corrida da peleja esbaforida
Transpiração e fumo;
A vista território deserdado
Quinhão da liberdade fugidia,
Cadeias de saudade
Lume vagante na obscuridade
Fragor, assobramento, encantação
À luz do dia...
Que termina de repente
Chilreando como serpente
E do veneno da manhã já aturdido
Cavalgo para a noite infinita
E fujo à liberdade à vadia
Que lume, nutre, finge
A valentia.
Quando sem armas, alma e alento,
Confundem-se corpo e  tristeza e pó in mundo.

Maggour Missabbib,

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