sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A dream within a dream - Edgar Alan Poe


Take this kiss upon the brow!
And, in parting from you now,
Thus much let me avow
You are not wrong, who deem
That my days have been a dream;
Yet if hope has flown away
In a night, or in a day,
In a vision, or in none,
Is it therefore the less gone?
All that we see or seem
Is but a dream within a dream.

I stand amid the roar
Of a surf-tormented shore,
And I hold within my hand
Grains of the golden sand-
How few! yet how they creep
Through my fingers to the deep,
While I weep- while I weep!
O God! can I not grasp
Them with a tighter clasp?
O God! can I not save
One from the pitiless wave?
Is all that we see or seem
But a dream within a dream?

  ...

 Um sonho dentro de um sonho

Receba este beijo sobre tua fronte!
E, apartando-me de ti neste instante
permita-me, então, assaz confessar
Não estás errada, em haver consentido,
Que esses meus dias um sonho têm sido;
Se já a esperança fluiu pela via
Em uma noite, ou em um dia,
Em uma visão, ou em nenhuma,
É, portanto, o que se foi ao menos alguma?
Tudo o que vemos ou nos parece, suponho,
É apenas um sonho dentro de um sonho.

Eu me posto entrementes o rugido
De uma costa turbada pelo bramido
E tenho na mão, bem apertados,
Grãos de areia da praia dourados
Quão poucos! Ainda assim escorrem lentos
Pelos meus dedos ao abismo adentro
Enquanto eu lamento, enquanto eu lamento!
Ó Deus! Não os posso ter agarrados
Em meus punhos bem apertados?
Ó Deus! Não posso enfim salvar
Algum desses do infinito vagar?
É tudo o que vemos ou nos parece, suponho,
Apenas um sonho dentro de um sonho.


Melk Vital
2016






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